
A Raiva e o processo mental de Julgamento, o que tem a ver?
- Posted by Vera
- On 01/11/2018
- Inteligência Emocional, julgamento, raiva
O que você mais gosta: Julgar ou ser julgado?
Você sabe o que tem a ver o processo mental de julgamento e a raiva?
A resposta é: Tudo!
Um dos fatores que mais estimula a raiva é o processo mental de julgamento. É aquele hábito que muitos de nós temos ao julgarmos as pessoas, baseados em nossos próprios valores de “certo e errado”. E segundo nossos credos, determinamos como o outro deve ser e agir. Quando isso não acontece, tornamo-nos intolerantes e raivosos, pois temos certeza que o outro não se adequa aos padrões que acreditamos serem os melhores, e portanto, o outro está errado e contraria os nossos princípios.
Se esses comportamentos são diferentes de nossos padrões, certamente vamos concluir que estão errados e, portanto, contrariam nossas expectativas, o que é suficiente para nos causar irritação. Quando nosso processo mental se enrijece, nós nos distanciamos da realidade e não mais conseguimos perceber a diversidade das pessoas. Cada pessoa tem seu modelo mental próprio, com suas verdades.
Percebemos essa distorção quando alguém diz: “ Você me decepcionou!!!” “Por que você se comporta desse jeito?” e o outro responde perguntando: “O que estou fazendo de errado? Como devo me comportar?”
Por outro lado, quando nos sentimos julgados, o desconforto da dor emocional é inevitável pois a sensação de inadequação é o nosso sentimento principal. Está aí uma questão comum nos relacionamentos sociais e profissionais: visões diferentes de uma mesma situação podem causar medo e raiva entre duas pessoas.
Por essa razão, expectativas não compartilhadas se distorcem, causando conflitos entre as pessoas.
A alta expectativa pode resultar em desapontamento e raiva, tanto em relação a si quanto em relação ao outro. Quando as pessoas não fazem as coisas que esperamos e do modo como esperamos, podemos ficar nervosos, e ambas as partes podem ser feridas.
Altas expectativas acerca de nós mesmos podem despertar a raiva, ao não atingirmos os resultados esperados. Perdemos a confiança e a autoestima quando falhamos em atingir/encontrar nossos próprios padrões.
As baixas expectativas também podem nos deixar nervosos, porque as chances de não acreditarmos em nós e desistirmos serão maiores.
Devemos, então, avaliar a viabilidade da expectativa. Como? Compartilhando, ou seja, deixando o outro saber o que você espera dele e procurando saber o que ele espera de você. Tendo conhecimento das respectivas expectativas, será possível fazer sua adequação à realidade, realinhando o que se pode esperar um do outro.
Esse exercício de troca e realinhamento de expectativas pode ser feito em todas as áreas de nossas vidas: na família, com amigos, chefes, clientes e colegas de trabalho.
Quando criamos uma expectativa, sentimos energia motivadora para concretizá-la e vontade de corresponder positivamente à situação. Na verdade, a expectativa cria uma visão de futuro positiva, de algo bom que acontecerá se eu der a contrapartida. Aguardar a recompensa de uma expectativa atingida é muito agradável pois estimula emoções positivas e pensamentos estimulantes. Quando ela é atingida o circuito da recompensa no cérebro é ativada pela dopamina e pela serotonina, os hormônios da recompensa e do prazer. Quando nossas expectativas não são correspondidas, a ausência da dopamina e serotonina estimula negativamente nossa área emocional no cérebro com a maior quantidade de hormônios do estresse no sistema nervoso. É por isso que a sensação de desprazer toma conta do nosso emocional gerando raiva e depois tristeza por causa da expectativa frustrada.
Algumas dicas.
Seguem algumas dicas que quero deixar para você desenvolver sua inteligência emocional:
- Pare de julgar o outro!
- Respeite o jeito de ser do outro e suas escolhas pessoais
- Alinhe e realinhe suas expectativas, e tenha claro o que realmente é justo esperar do outro.
- Atente para o perfil do outro e avalie o que ele pode dar em troca, e nunca espere o que o outro não tem para lhe dar.
- Lembre-se! sempre existem vários ângulos para se olhar um mesmo problema.
- E se o outro não quiser fazer o que você deseja, entenda que ele tem o direito de dizer não e tomar decisões por seu próprio juízo, assim como você também tem.
Aceite as diferenças humanas e você construirá relacionamentos mais sadios e duradouros.
Quer melhorar a sua inteligência emocional?
Convido você para assistir as aulas do minicurso gratuito de Inteligência Emocional e conhecer mais dicas para deixar o seu emocional cada vez mais inteligente.
Grande abraço.
Vera Martins
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