Conheça o livro “O Emocional Inteligente”
- Posted by Vera Martins
- On 22/05/2018
- Assertividade, Comunicação, Inteligência Emocional, Qualidade de Vida
Uma história de emoções
No livro “O Emocional Inteligente”, Vera Martins conta uma história de emoções e depois aponta os aprendizados que ela nos oferece. Este método é semelhante ao utilizado pelos mestres do zen budismo, conhecido como Koan. Para ilustrar, reproduzo a seguir uma história, aparentemente sem lógica, mas capaz de despertar a verdadeira mente de quem se esforça para isso.
O Mestre
Certa vez, um mestre morava em um pequeno casebre em uma colina, onde avistava o mar, o porto e a pequena vila de pescadores. Era admirado por todos por sua conduta ética e o domínio de suas emoções por meio da prática da meditação. Jamais alguém vira o monge ofender alguém – tampouco a si próprio –, ou lamentar a vida frugal que levava. Vivia de uma pequena horta que plantava e um ou outro peixe que lhe era ofertado em suas andanças pela vila.
Ele tinha amplo controle de sua mente e sabia que o ódio, o desejo e a ignorância eram os três venenos que precisavam ser controlados. Seu controle em lidar com situações adversas era admirado por todos, até o dia que uma pequena multidão da vila se concentrou na porta de seu casebre.
O chefe do lugarejo começou um discurso hostil assim que o velho mestre apareceu, e acusou-o de ter se relacionado com uma jovem e de ser o pai do bebê que trazia no colo. Enchendo os pulmões, o político gritou que ele teria de cuidar da criança, uma vez que a mãe o acusava de paternidade. O monge olhou para todos e disse: “Ah é…”. A multidão se dispersou e o bebê ficou em sua porta.
Os Peixes
O mestre não recebia mais peixes. Comia o que sua horta produzia. Conseguiu uma cabra para dar leite à criança, e levou a vida normalmente. Ele educava o bebê como se fosse mesmo seu filho, mesmo impedido de andar pela vila, uma vez que alegavam que poderia seduzir alguma outra aldeã.
Alguns meses depois, novamente, a multidão se aglomerou na porta do casebre do monge. O chefe político pedia em altos brados perdão a ele. A mulher que o apontara como pai mentira e o verdadeiro pai queria se casar com ela e ter o menino de volta. Por isso, o chefe da vila pedia que o monge devolvesse a criança. Ele respondeu: “Ah é…”.
O menino se foi com os pais e a multidão dispersou. O velho mestre continuou vivendo como sempre, sem ódio, sem pessimismo, sem ira e se deliciando com a bela paisagem da baía que avistava de seu casebre.
Esta é uma história antiga do Emocional Inteligente, tão antiga e tão atual como o livro da Vera Martins.
Por: Heródoto Barbeiro é âncora do Jornal de Record News e editor do Blog do Barbeiro.
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