Vera Martins

O quanto você acredita ser responsável pelo outro?

Responsável pelo outro

O que leva uma pessoa a se envolver e se sentir responsável pelo outro, impedindo-a de sair do relacionamento, seja na vida pessoal ou vida profissional? 

Gratidão? Compaixão? Medo? Insegurança? Culpa? Remorso? Dependência emocional?

Como você age diante das pessoas que você cativou?

No trabalho que desenvolvo nas empresas, conheço muitas pessoas que reclamam da situação em que estão, que se doam ao trabalho e não cuidam da própria vida, mas não conseguem se mobilizar para mudar sua vida. Meu trabalho é apoiar esse profissional na análise estruturada da situação, olhando o propósito de vida, os valores impulsionadores, os ônus e bônus, e principalmente os “pseudo – benefícios” que o imobilizam a mudar sua postura.

O profissional desenvolve ações corajosas para energizar suas relações mais equilibradas e respeitosas.

Ontem mesmo um coachee me disse: “Nossa, apenas com uma única conversa de coaching, a sensação é que minha vida está em movimento!!! Isso dá uma sensação incrível de fortalecimento emocional e autoconfiança.

Um dos direitos assertivos que procuro desenvolver em mim e nas pessoas que me rodeiam, além de apregoar nas minhas palestras é que:  “Nós temos o direito de não nos envolvermos nos problemas dos outros.” Por outro lado, a ética da comunicação nos orienta que devemos ser empáticos e ajudar as pessoas.

Depois de pensar e pensar, entendi que podemos nos envolver nos problemas dos outros, em níveis de intensidade e profundidade diferentes, dependendo do contexto, da gravidade do problema, do tipo de relacionamento e da sua vontade e disposição. 

 

Como você pode agir diante das pessoas que você cativou?

Eu dividi a nossa responsabilidade pelo outro em 5 níveis:

Nível 1Não quero saber dos problemas dos outros – total egoísmo. Da limites e diz Não. Aqui a comunicação é direta e reta ao dizer o não, por exemplo: “Nem comece a falar porque já tenho problema suficiente. Cada um com seus problemas.”

Nível 2Não quero me envolver e nem escutar o problema de alguém específico. Em função de um passado com mal entendidos, decido a partir de agora não querer mais me envolver com tal pessoa.

Nível 3Apenas escutarei o problema mas não me envolverei com sugestões e coisas do tipo: “Eu, se fosse você, faria tal coisa”. Nem pensar de dar palpites. Só escuta!! E se te perguntarem sua opinião, diga que não gostaria de se manifestar.

Nível 4Escute com atenção todo o problema. Nesse momento, pergunte: “ O que você pretende fazer para resolver seu problema?” Se a pessoa não souber resolver, faça recomendações e sugestões deixando claro que a pessoa é quem deve escolher a melhor resposta.

Nível 5 – Escute com atenção todo o problema e se perceber que a pessoa não está em condições de resolver sozinha, ofereça sua ajuda para resolver o problema. Aqui sua comunicação é pautada pela empatia e total envolvimento.

Conclusão: Você tem o direito de se envolver e se sentir responsável pelo outro na medida certa do seu desejo e do contexto, mesmo porque, às vezes, nós não estamos com a robustez emocional necessária para segurar a barra do outro. Ao contrário, é o nosso momento de sermos apoiados.

A pergunta que deixo para reflexão é:

O quanto estou “preso” em uma situação que não quero estar ?

O quanto estou “prendendo” alguém como responsável pela minha vida?

Se você está sentindo que precisa de maior autonomia emocional, quero recomendar a leitura do meu mais novo e-book “Como desenvolver sua competência emocional”.

Download do Novo e-book –> Como desenvolver a sua competência emocional.

Será seu primeiro passo para a transformação! 

Um abraço,

Vera Martins

P.S. Conheça sobre assertividade e Inteligência Emocional em primeira mão, assine meu canal do Youtube

 

Comentários
Exit mobile version