Vera Martins

Inteligência Emocional: Como evitar a frustração num relacionamento

Frustração Profissional Inteligência Emocional

Quando penso em inteligência emocional, duas palavras vem à minha mente: EXPECTATIVAS E RECIPROCIDADE.

Essas duas palavras são chave nesse conto extraído do livro How to Talk Well(New York: McGraw-Hill Book Company, Inc., 1994), no qual seu autor, James Bender, relata a história de um fazendeiro premiado pela qualidade de sua lavoura de milho.

 “Todo ano seu milho recebia o primeiro prêmio na exposição de seu estado. Certa vez, um jornalista o entrevistou e conheceu algo interessante sobre como ele cultivava o milho. O jornalista descobriu que o fazendeiro fornecia suas sementes para os fazendeiros vizinhos. ‘Como você se permite compartilhar sua melhor semente de milho com seus vizinhos, se eles competirão com você todos os anos?’, perguntou o jornalista. ‘Bem, senhor’, respondeu o fazendeiro, ‘você não sabe? O vento pega o pólen do milharal e o espalha de lavoura para lavoura. Se meus vizinhos cultivarem milho inferior, a polinização cruzada vai certamente degradar a qualidade de meu milho. Se pretendo cultivar um milho de qualidade, tenho de ajudar meus vizinhos a cultivar um bom milho.’”

Esse fazendeiro está muito ciente das conexões da vida. Seu milho não pode melhorar, a menos que o milho de seus vizinhos também melhore. A mesma coisa ocorre em outras situações e dimensões. Aqueles que escolhem viver em paz devem ajudar seus vizinhos a ter paz. Aqueles que querem viver felizes devem ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está firmemente ligado ao bem-estar de todos.

Seja profissional ou pessoal, as pessoas avaliam a qualidade de seus relacionamentos comparando o que elas dão com o que recebem. É como se tivéssemos dentro da mente uma conta corrente de “o que eu dou” e “o que eu recebo”. Nossa mente está todo o tempo comparando o resultado das duas colunas.

A troca é inevitável, e o segredo está na busca do equilíbrio entre dar versus receber. O desequilíbrio na reciprocidade é, muitas vezes, o gatilho do medo, da raiva e também da tristeza porque estimula uma relação desigual, de perdas para o lesado e ganhos para o lesador.

Em reuniões na empresa, é comum perceber o desequilíbrio na reciprocidade. Existem profissionais que ampliam as dificuldades e boicotam a implantação das ideias de colegas que não lhe deram reciprocidade em alguma situação do passado, recente ou não. A raiva guardada, em função de expectativas frustradas, leva as pessoas a apresentarem comportamentos baseados em pensamentos raivosos e sentimentos vingativos e, consequentemente, quem perde é a própria empresa, caso não valorize a gestão das emoções dos colaboradores.

Os profissionais que têm o sentimento “Eu dou mais do que recebo” simplesmente reduzem sua contribuição e perdem seu comprometimento com o trabalho ou então focam no “Eu quero receber mais para compensar o que dou”. Dessa forma, passam a reclamar e exigir melhorias de salário e promoções, entre outros pontos e em contrapartida negam dar o melhor de si. É a maneira, até mesmo inconsciente, que o profissional encontra para obter justiça e equilibrar a sensação de ser lesado.

O nível satisfatório da reciprocidade depende, portanto, do equilíbrio das expectativas entre as partes. Quem ajuda espera ser ajudado. Quem é ajudado deve ajudar… Só a reciprocidade supera o egoísmo e a solidão, só ela favorece a atenção para com o outro, a gratidão, o reconhecimento, a generosidade.

A reciprocidade favorece uma relação de confiança e de prazer entre as pessoas.

A reciprocidade também é uma verdade na relação do profissional com a empresa. Queremos que nossos direitos sejam respeitados; em contrapartida, estaremos motivados a respeitar os direitos da empresa, entregando o trabalho na qualidade, quantidade e precisão esperadas.

A busca constante do equilíbrio entre os direitos e deveres de ambas as partes possibilita a neutralização de sentimentos negativos e melhor canalização da emoção raiva.

Se não for bem-administrada, a raiva proveniente da falta de reciprocidade pode nos acompanhar durante toda a nossa vida, passando de relacionamento para relacionamento, contaminando os papéis que desempenhamos. E, assim, ela vai destruindo e impedindo a felicidade no cotidiano pessoal e interferindo negativamente em nossa inteligência emocional.

A questão é equacionar seus direitos e as expectativas que você pode ter em suas relações pessoais e profissionais.

Aqui vão duas dicas para você não sofrer de frustração  inútil:

1ª) Antes de iniciar qualquer relacionamento, alinhe as expectativas e defina claramente a reciprocidade esperada.

2º) Se você não quer ficar frustradhttps://educacao.vera-martins.com/curso-online-inteligencia-emocional-2019o inutilmente e morrer na praia não espere o que o outro não tem para dar ou não quer dar.

Se você praticar essas duas dicas, já terá um emocional mais equilibrado e inteligente.

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Abraço,

Vera Martins

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